Louçã diz que OE tem «um segredo» (Diz que o corte nos subsidios dos funcionários de estado servirá para financiar a banca)
Líder do BE questiona resultado das negociações entre o Governo e a banca portuguesa (Ou fazemos uma revolução ou acabamos todos a comer baratas enquanto os banqueiros no cospem nos pratos e dos nossos familiares)
O líder do Bloco de Esquerda afirmou este domingo que o próximo Orçamento do Estado contém um «segredo» que ainda não foi esclarecido aos portugueses, que é o resultado das negociações entre o Governo e a banca portuguesa, escreve a Lusa.
O Orçamento do Estado (OE) para 2012, que será entregue à Assembleia da República na segunda-feira, «ainda terá que nos dizer para que é que servem estas medidas [de austeridade] e o empobrecimento da população», afirmou o líder do Bloco, Francisco Louçã.
«É que as longuíssimas negociações, interrompendo o próprio Conselho de Ministros que aprovou o OE, entre o Governo e a banca portuguesa não foram ainda concluídas e é o resultado dessa discussão que é a parte desconhecida do OE», acusou Louçã.
«Para que é que é imposta toda esta austeridade, quando ela vai conduzir a uma recapitalização da banca para restaurar nestes bancos prejudicados pela especulação e pelas suas próprias estratégias, o dinheiro que tanta faz aos portugueses, aos seus salários e às suas pensões?», questionou.
«Essa decisão vai ajudar a esclarecer as respostas que a sociedade precisa», concluiu o líder do BE.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira que as medidas do OE2012 visam garantir o cumprimento dos acordos internacionais, e que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de Natal para os funcionários públicos e reformados que recebem mais de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.
Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.
As pensões acima do salário mínimo e abaixo de mil euros sofrerão, em média, a eliminação de um dos subsídios.
O chefe do Governo afirmou que há um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros e anunciou também que o executivo vai reduzir o número de feriados e permitir que as empresas privadas aumentem o horário de trabalho em meia hora por dia, sem remuneração adicional.
Vejam o video em: http://www.tvi24.iol.pt/politica/louca-be-oe2012-banca-governo-tvi24/1289759-4072.html
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